terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Como os livros do MEC apresentam a história do Regime Militar às crianças


Nos últimos trinta anos os livros escolares de História, sobretudo os oficiais, abraçaram uma narrativa que se propunha a contestar as motivações políticas do Regime Militar. Esta escolha, em parte, serviu para obscurecer as vantagens desse período e alimentar a sua rejeição pela sociedade.  Além do mais, contribuiu para formar uma classe intelectual e política majoritariamente esquerdista e um leque de partidos ideologicamente parecidos.



As imagens e textos abaixo referentes ao período em que o Brasil foi governado pelos militares (1964-1985) são encontrados em livros didáticos recomendados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) do Ministério da Educação (MEC) para o triênio 2016/18.

Os livros selecionados são destinados às crianças do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, com 9 e 10 anos de idade, respectivamente, matriculados em escolas públicas e particulares, inclusive confessionais.

No âmbito da historiografia escolar brasileira são rotineiras as críticas  quanto às escolhas de conteúdo e dos paradigmas para a narrativa e interpretação dos fatos históricos. Há sempre a discussão, aparentemente insolúvel, sobre a possibilidade objetiva ou não da narração histórica. 

No bojo dessa discussão, há a disputa sobre qual narrativa dos fatos históricos deve prevalecer. E sempre, dependendo das forças políticas e culturais dominantes, uma delas predomina. 

Melhor seria a convivência entre as duas ou mais narrativas para o mesmo fato histórico. 

Essa cobrança pela objetividade ou equidade aumenta quando os livros são recomendados pelo MEC às escolas públicas. E, a acusação que se faz é que especialmente os livros de História do PNLD/MEC alinham-se interpretativamente ao pensamento político e ideológico socialista. 

A memória do período militar dos estudantes nos últimos trinta anos foi alimentada pela didática histórica socialista. 

Não nos daremos ao trabalho de analisar/comentar os textos e imagens abaixo. Deixaremos o leitor livre para este exercício. Esse material representativo da primeira fase do Ensino Fundamental, por si mesmo, sugere que há apenas uma versão sendo contada nas escolas sobre esse nosso período histórico. A narrativa que sustentou o Regime Militar não é apresentada nem como contraponto. Pelo menos nos livros do PNLD/MEC.

Somente esta constatação garante que a memória coletiva será alimentada ainda por muito tempo pela narrativa de uma única corrente de pensamento. 

Como se não bastasse, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) homologada recentemente pelo Ministro da Educação, Mendonça Filho, sustenta-se em pelo menos seis correntes teóricas socialistas: materialismo dialético, teoria crítica, politicamente correto, desconstrutivismo, relativismo e interculturalismo.


Orley José da Silva, é professor em Goiânia, pesquisador informal do livro didático e do currículo, mestre em letras e linguística (UFG) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás).


Links de matérias relacionadas:























































































































































9 comentários:

  1. Nojo desses livros ! Hj meu filho está no 2º ano do Ensino Médio , e os livros de Hitória , Sociologia , Filosofia , só falam sobre luta de classes , ideologia de gênero, feminismo , distribuição de terras , Marx ... e outras porcarias...mas não têm uma linha sequer falando sobre o genocídio que o comunismo e socialismo causaram e causam até hj no mundo ! Não têm UMA LINHA FALANDO A RESPEITO DAS PESSOAS QUE MORREM DE FOME NOS PAÍSES ONDE ESSA PRAGA É IMPLANTADA ! NÃO FAZ NENHUMA REFEÊNCIA SOBRE QUE HJ O BRASIL INFELISMENTE É UM PAÍS SOCIALISTA E QUE SOMOS ESCRAVOS OBRIGADOS A VEREMOS NOSSAS FINANÇAS SEREM PILHADAS P PAGARMOS IMPOSTOS QUE NUNCA SÃO REVERTIDOS EM SERVIÇOS DE QUALIDADE, MAS VÃO P OS BOLSOS DO ESTADO QUE TEM INTERVIDO NAS VIDAS DOS CIDADÃOS DE FORMA INESCRUPULOSA ! E O GOVERNO MILITAR FOI UMA DITADURA ? Q NOJO !

    ResponderExcluir
  2. Uma verdadeira lavagem cererbral. E agora para reverter isso? Estrago feito.

    ResponderExcluir
  3. Muito triste, saber que a verdadeira história foi omitida

    ResponderExcluir
  4. A história é contada pelos que vencem a guerra. Estamos a 25 anos com governo socialista/comunista, só contam o que lhes convêm. Não vamos nos deixar abater, vamos retomar o brasil para o povo brasileiro e não para este governo ditatorial da esquerda.

    ResponderExcluir
  5. A história é contada pelos que vencem a guerra. Estamos a 25 anos sendo governados por governos de esquerda, vai ser difícil mas não vamos nos deixar abater. Vamos retomar o Brasil dessa ditadura branca e voltarmos a viver em um país feito pelos Brasileiros.

    ResponderExcluir
  6. bom dia. cheguei aqui no site através do google e fiquei curioso. Eu acho o contexto que estamos vivendo hoje muito parecido com o contexto pré governo militar. Então me surgiu uma dúvida: como você construiria a narrativa, por exemplo, da ascensão de bolsonaro culminando na eleição dele? que pontos da nossa história recente você daria destaque?

    ResponderExcluir
  7. A doutrinação não está só nos livros de História, não.
    Sou professora de Inglês e tenho observado muitas ideologias presentes. Ao invés de o livro nos ajudar a ensinar a língua estrangeira, ele só atrapalha. Os textos só falam histórias dos personagens esquerdistas, além de, em quase todas as unidades, estarem presentes os mesmos conceitos presentes nos livros de História: feminismo, ideologia de gênero, etc.
    E agora é a tal da religião afro-brasileira, a nova moda. Hoje estava folheando os livros que chegaram como proposta de escolha para o próximo ano e estou me deparando com um joguinho citando Yemanja e Olodumare. O primeiro texto do livro do 8º ano aparece o tema do empoderamento feminino, e por aí vai.
    Fica difícil ensinar com esse tipo de material. Acabo recorrendo a outros materiais para preparar minhas aulas. O livro está muito ideologizado.

    ResponderExcluir
  8. No Regime Militar, estudei, me fiz profissional, construí minha casa, me casei, tive meus filhos, nunca fiquei desempregado. não fiquei envergonhado com governantes ladrões. Não temos outra saída. Regime Militar!

    ResponderExcluir
  9. Meu neto está no quinto ano e amanhã terá avaliação sobre"Ditadura Militar".
    O conteúdo da matéria dá ênfase ao lado esquerdista da história.
    O que na realidade foi um Regime Militar que acabou concedendo abertura e hoje temos que limpar a baderna feita nas últimas décadas de governo socialista, a corrupção e a cleptocracia aparelhada.
    Esse conteúdo tem que mudar.

    ResponderExcluir

A quem interessa o desperdício público de livros didáticos?

Foto: Maria Machado/Arquivo Pessoal. (divulgação) Algumas redes públicas de ensino do país estão aderindo a uma espécie de terceirização bra...