quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Uma pedagogia para o reconhecimento do corpo de si e do outro


As crianças de escolas públicas e privadas que estudam com os livros didáticos/2016 do MEC para a primeira fase do Ensino Fundamental, são contempladas com o conteúdo que possibilita o reconhecimento do próprio corpo e dos corpos dos colegas. 

Este exercício consiste em contornar o corpo do colega com um pincel ou lápis para que a forma seja registrada na lâmina de papel sobre a qual ele se deita. Meninos e meninas se revesam contornando corpos com braços e pernas entreabertas, do mesmo sexo e de sexo diferente.  

Uma das justificativas pedagógicas é oferecer ao aluno noções de diferenças corporais, espaço, altura, lateralidade e proporcionalidade. Isto porque ele terá que montar, preencher, pintar, comparar, descrever e  também diferenciar um desenho do outro. 

Outra justificativa é desmistificar e naturalizar ainda na infância a aproximação, o toque e a percepção do corpo do outro, independente do sexo. 

De acordo com teóricos que defendem práticas pedagógicas como essa, e também de acordo com a habitual linguagem eufemística deles, esse é o tipo de projeto que trabalha no aluno: a consciência corporal de si e do outro; valoriza a descoberta de emoções e de sensações; promove interação afetiva e social. 

A dinâmica do exercício, que inclui o preparo e a manipulação dos materiais para a confecção do molde,  é capaz de levar os alunos à espontaneidade e à descontração, diminuindo resistências e timidez. Em ambiente mais solto de aula, o aluno contorna com uma das mãos o corpo de colegas do mesmo sexo e do sexo oposto com mais liberdade e naturalidade do que em circunstância formal. 


Orley José da Silva, é professor da Rede Municipal de Educação de Goiânia, da primeira fase do ensino fundamental, mestre em letras e linguística (UFG), mestrando em estudos teológicos (SPRBC) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás).

Obs.: Os livros abaixo não são os únicos do lote de livros didáticos/2016 que se dedicam a esse conteúdo.


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6 comentários:

  1. Eu acho isso um passo a frente do que a criança ode dar. Já temos naturalmente isso no nosso código genético desde que o homem é homem. Pra mim é um incentivo a pedofilia, iniciação de uma criança ao sexo. Ela não tem que se preocupar com isso nessa idade. Existe outras coisa mais importantes para gerar nas crianças, como: A honestidade, humildade, bondade, respeito aos outros indivíduos, respeitos as leis, as normas, etc...para que no futuro, tenhamos adultos com um caráter formado. Isso sim eu concordo...

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  2. Num tem nada de inocente ai..é a velha tática dissimulada..devemos lutar para abortar isto..Tem outras maneiras e prioridades pra ensinar as crianças

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  3. Isso é o reflexo do aparelhamento do estado. Os bons tem que ocupar espaços tomados por esses doentes!

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  4. Só podia ser coisa de pastor!!!
    Nao vi onde esta escrito que as crianças devem trocar no corpo uma das outras, vocês tem grandes problemas com interpretação de texto! Escola sem partido está mais para escola de um partido só! Deixem os professores em paz.

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  5. Essa atividade é muito antiga, eu me formei em 2003 e essa atividade já era passada na Universidade,não vejo problema algum nosso, pior é a cabeça de quem acha que isso é incitação ao sexo ou influência da escola sem partido.

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  6. Cara vocês me impressionam cada vez mais por tamanha ignorância neste site... em que mundo vcs vivem? depois vem reclamar do "kit gay" RSRSRS. Quem sexualiza tudo são vcs! psicopatas, paranoicos e com a mente muito poluída.. meu filho fez essa atividade diversas vezes na escola, nem se quer passou isso nem na cabeça dele, nem na minha...
    tomem vergonha na cara!

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