Esta é a quarta de quatorze postagens que este blog apresenta sobre alguns temas abordados pelos livros didáticos recomendados pelo MEC (PNLD/2020) para os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), com validade de quatro anos: 2020 à 2023.
Leia antes as três postagens anteriores ( a 1ª , a 2ª e a 3ª. )
O movimento feminista nos livros didáticos de 2020
O movimento feminista nos livros didáticos de 2020
Trata-se da primeira remessa de livros em conformidade com a versão homologada (dez/2017) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, crianças de 0 a 14 anos.
O objetivo desta postagem é mostrar a presença da ONG feminista Católicas pelo Direito de Decidir no currículo dos anos finais do Ensino Fundamental, em páginas de um livro de Língua Inglesa do PNLD/2020.
É de conhecimento público que esta ONG não conta com o apoio oficial da Igreja Católica Romana e nem dos fieis devotos. Composta por um grupo minoritário de autodeclarados católicos, tem como pauta principal a defesa do aborto.
No entanto, no seio da Igreja Católica há outras ONGs que não são feministas, militam pela valorização vida, da mulher e, logicamente, opõem-se ao aborto. Estas, contam com apoio oficial da instituição religiosa e dos fieis.
Mas o livro não faz esta ponderação. E, ao omitir esta realidade, induz os alunos a pensarem que a ONG feministas Católicas pelo Direito de Decidir é da mesma natureza das outras e conta com a naturalidade do meio católico.
O fato de apresentar aos alunos do 9º ano uma organização conhecida por levantar a bandeira do aborto dentro da Igreja Católica Romana, sem informar as contradições inconciliáveis desta bandeira com a doutrina dessa instituição religiosa, pode se caracterizar em formação dirigida de opinião por parte do livro didático. Ainda mais para um público adolescente, com idades entre 14 e 15 anos.
É preciso esclarecer que o conteúdo do livro não faz menção ao aborto, mas à violência contra a mulher. No entanto, de maneira indireta o tema aparece juntamente à citação da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, que é tida popularmente como sinônimo de decisão pelo aborto.
No entanto, no seio da Igreja Católica há outras ONGs que não são feministas, militam pela valorização vida, da mulher e, logicamente, opõem-se ao aborto. Estas, contam com apoio oficial da instituição religiosa e dos fieis.
Mas o livro não faz esta ponderação. E, ao omitir esta realidade, induz os alunos a pensarem que a ONG feministas Católicas pelo Direito de Decidir é da mesma natureza das outras e conta com a naturalidade do meio católico.
O fato de apresentar aos alunos do 9º ano uma organização conhecida por levantar a bandeira do aborto dentro da Igreja Católica Romana, sem informar as contradições inconciliáveis desta bandeira com a doutrina dessa instituição religiosa, pode se caracterizar em formação dirigida de opinião por parte do livro didático. Ainda mais para um público adolescente, com idades entre 14 e 15 anos.
É preciso esclarecer que o conteúdo do livro não faz menção ao aborto, mas à violência contra a mulher. No entanto, de maneira indireta o tema aparece juntamente à citação da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, que é tida popularmente como sinônimo de decisão pelo aborto.
Este livro, faz parte do edital de convocação 01/2018 SEB/MEC. A finalização do processo de escolha deu-se por meio da Portaria nº 27/2020 SEB/MEC PNLD/2020 . Um processo que teve início no governo Temer e terminou no governo Bolsonaro.
Orley José da Silva, é professor em Goiânia, mestre em letras e linguística (UFG) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás).
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Católicas o caramba!!! Quem decide é Deus e não vcs.
ResponderExcluirque fake essas católicas fajutas... ainda dá tempo de caçar essas publicações?
ResponderExcluirExiste, pelo menos um único livro didático sem doutrinação?
ResponderExcluirChegou a hora de escritores e professores conservadores começarem a criar um material diferente , com base na Educação, Literatura e Cultura Clássica.