sábado, 8 de fevereiro de 2020

Engajamento e militância política no livro didático do MEC de 2020

O livro didático de 2020 amplifica e normaliza a propagação política e ideológica em sala de aula. Mas vai além: com a alegação de despertar a consciência crítica no aluno, incentiva-o a engajar-se em movimentos sociais, manifestações políticas e lutas de classe. 







Com a atitude de fundamentar a crítica política e social em sala de aula infanto-adolescente, em conformidade com a Teoria Crítica, o PNLD/2020 dificulta a ação escolar de entes da sociedade civila exemplo das associações de pais e do Escola Sem Partido. 





É importante observar a intencionalidade do jogo semiótico e semântico presente na construção dos capítulos dos livros. 

Não é aleatória a escolha de bandeiras, símbolos, cores, gestualidades das pessoas,  imagens e passeatas que se identificam com cenários de manifestações públicas organizadas pela esquerda política brasileira e internacional.    

Também não é sem propósito ideológico a seleção de termos e palavras encontrados nos livros didáticos: militância, ativismo, cidadão crítico, engajar, passeata, movimento de protesto, tomar partido, mobilização, coletivo, ocupar as ruas, participação cidadã, convocação, pressionar, concentração de pessoas, reivindicações sociais, confeccionar cartazes, senso crítico, machista, feminista, grupos de trabalho e Mariella Presente.








Esta é a quinta de quatorze postagens que este blog apresenta sobre alguns temas abordados pelos livros didáticos recomendados pelo MEC ( PNLD/2020 ) para os anos finais do Ensino Fundamental  (6º ao 9º ano), com validade de quatro anos: 2020 à 2023. 

A presente pesquisa foi realizada somente em livros de Língua Inglesa e Língua Portuguesa. Livros das outras disciplinas ficarão para os próximos meses.

Trata-se da primeira remessa de livros em conformidade com a versão homologada (dez/2017) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, crianças de 0 a 14 anos. 



Leia antes as quatro postagens anteriores (a 1ª , a 2ª  e a 3ª.)


Orley José da Silva, é professor em Goiânia, especialista em leitura e produção de textos (UFG), mestre em letras e linguística (UFG) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás).


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No cartaz que aparece na foto abaixo está escrito: 

Parem de nos matar!!  

Marielle presente











Em defesa das publicações do jornal francês Charlie Hebdo









Referências de leitura  para conhecer as 3 fases do Movimento Feminista





Sobre a importância de levar cartazes e bandeiras para os protestos nas ruas.








Sobre o incentivo que a BNCC dá aos textos reivindicatórios.

















"Recentemente estamos vivendo no nosso país uma série de retrocessos que vão contra toda a luta pelos direitos dos animais até hoje."  

A citação acima aparece no contexto de um artigo publicado pelo livro didático com críticas a um Projeto de Lei que autoriza a caça de animais silvestres.







Em defesa ao Charlie Hebdo









Um capítulo do livro é dedicado a arte do engajamento político.










Menciona o apoio da BNCC ao debate político e social.



















































3 comentários:

  1. Não vi qualquer problema nos livros. Pelo contrário, os autores estão de parabéns! Protestar é uma forma de exercer a cidadania!

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  2. Também não vi problema! Consciência política e luta pelos direitos faz parte da cidadania. Que os jovens, de direita e de esquerda, saibam disso!

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  3. Parabéns, excelente perspectiva... o livro traz consigo uma linguagem tendenciosa para movimentos sociais que são emergentes, porém inexpressivos quanto ao caráter educacional.

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